DESLOCAÇÃO À FIGUEIRA DA FOZ

Teria sido uma excelente deslocação à Figuueira da Foz, não fosse o resultado negativo, com a consequente eliminação de uma prova onde gostaríamos de ter ido bastante mais longe.

Cerca das 14h30m, saiu do Estádio do Restelo o autocarro da Fúria Azul praticamente cheio. Com mais povo que se deslocou pelos seus próprios meios, foram cerca de 60 os ultras Belém presentes no estádio, onde igualmente compareceram outros tantos adeptos do nosso clube. Teriam sido, deste modo, distribuídos por 2 bancadas,uns 120 a 150 os adeptos do Belenenses presentes no jogo, cuja assistência não terá passado de cerca de 500. Os estádios vão ficando desertos, o futebol cada vez menos é do povo, dos genuínos adeptos, e toda a gente assobia para o lado, pelo menos enquanto a teta for dando leite aos "três"...


Com muito boa disposição durante todo o caminho, excepto quando as bexigas desesperavam por uma paragem que tardava, tardava, tardava, foi com muita antecedência que se chegou às imediações do estádio: cerca de uma hora e meia antes do jogo.


Depois de uma entrada algo estranha - "agora pode entrar um homem e uma mulher", "agora três homens", "agora duas senhoras" - a Fúria dispôs o seu material e preparou-se para fazer aquilo que fez durante todo o jogo: apoiar. Registo para a presença junto a nós, uma vez mais, dos grandes amigos da grande Alma Salgueirista, com faixa e tudo. Força, Salgueiros!


A primeira parte foi algo morna, com um jogo bastante calculista, que parecia destinado a chegar ao intervalo com 0-0. Mas não. Num remate feliz, com a bola a tocar em China e a sofrer um desvio na sua trajectória, a Naval chegou ao golo, imediatamente o árbitro apitando para o regresso às cabinas. O árbitro era o já conhecido Paulo Baptista, que decidia sempre em desfavor do Belenenses, clube sistematicamente massacrado pelas arbitragens. Note-se que na jogada anterior China fizera magnífico remate, que quase deu golo para o Belenenses.


E se mal terminara a 1ª parte, que dizer do recomeço? Logo no 1º minuto, com a defesa azul a dormir, a Naval chegou ao 2-0. Tudo parecia perdido, até porque os minutos seguintes mostraram um Belenenses em grande desacerto, ressentindo-se claramente dos dois golpes sofridos.


No entanto, com as entradas de João Paulo Oliveira e Vinicius, o jogo deu uma volta de 180 graus. A nossa equipa arregaçou as mangas, encheu-se de brios e, com muita garra, fez dois golos quase consecutivos. Primeiro, por Roncatto, com um potente remate, após bom passe de Vinicius. Depois, na sequência de um livre, em que após o cabeceamento de João Paulo detido em dificuldade pelo GR da Naval, Vinicius surgiu a atirar lá para dentro. Vinicius tinha mexido completamente o jogo. Foi, naturalmente, uma grande explosão de alegria entre os adeptos azuis.




Nos minutos seguintes, o Belenenses parecia cavalgar para vitória, dominando o jogo. O perigo rondava a baliza adversária e Zé Pedro, de livre, fez a bola embater na barra. O Belenenses praticamente só tinha dois defesas, completando-se, entretanto, com o recuo de Gavilán.

Veio o prolongamento, e começámos a sentir a nossa equipa muito retraída. Foi a vez da Naval atirar à trave. Pensámos que estávamos a apostar em demasia na decisão por penalties. Na 2ª parte do prolongamento, ficou a coberto a razão do retraimento. A equipa tinha dado o "berro" em termos físicos. Jogadores como Alex e Zé Pedro arrastavam-se dentro do campo. A equipa tentou cerrar fileiras, a Fúria tentou apoiar mais ainda mas, a 4 minutos do fim, num livre directo, sofremos o fatal 3-2. Ainda reagimos, com 3 remates, mas a sentença estava proferida. O sonho da Taça de Portugal 2008-2009 tinha terminado.


A equipa veio toda agradecer o apoio e era visível a tristeza nos rostos.

Foi a hora do regresso. Apesar do inconformismo com o regresso, a viagem decorreu animada, embora com bastantes incidentes à mistura, incluindo perdas de chapéus e de cachecóis, nódoas negras, mordidelas selváticas, muitos mosh's e sonos hipnóticos. À meia noite exacta chegávamos ao Restelo mas não houve fenómenos estranhos.

BELÉM ATÉ MORRER!

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